Nota de
Boas Vindas

Damos-lhe as nossas Boas-Vindas!

Passou a fazer parte de uma História de mais de 500 anos a Servir o próximo.

Em 1498, em Lisboa, pela mão da Rainha D. Leonor, era instituída a Irmandade de Invocação a Nossa Senhora da Misericórdia.

O Espírito da Caridade Cristã serviu de inspiração coletiva, congregando gente de todas as classes sociais a acorrer às pessoas mais desprotegidas.

No ano de 1500, em Barcelos, ordenava-se a Confraria da Misericórdia. Eram tempos difíceis, os recursos escassos e esta Confraria da Misericórdia não conseguia dar resposta a todos os pobres e doentes que dela necessitavam. Em 1520, por decisão d’El Rei D. Manuel I, para se conseguir melhores condições para a prestação de apoio social, o Hospital da Villa de Barcelos, que estava a cargo desta Confraria da Misericórdia, fundia-se com a chamada Gafaria da Quinta da Ordem, dando origem ao Hospital D. Manuel I, onde era anteriormente o Tribunal local, e onde existia a Capela do Espírito Santo.

Em 5 séculos muita coisa mudou no País e também na região. Desses tempos dos Descobrimentos portugueses até aqui, mudaram regimes políticos e sistemas de governo. Mudou a base económica de um País, mudou o papel de Portugal no Mundo.

Em 5 séculos mudou a forma de se tratar doentes, de se prevenir a doença, de se proteger a saúde, de se intervir socialmente.

Nos tempos da Confraria da Misericórdia de Barcelos, os cuidados de saúde eram ainda rudimentares e os voluntários da Instituição procuravam sobretudo tratar o Espírito, mais do que o Corpo, também por se acreditar estar aí a raíz principal dos problemas.

Volvidos 5 séculos a Medicina passou a ser mais holística e a olhar o doente como Pessoa num todo que é indissociável de cada uma das partes. O estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade, mais do que mero conceito passou a ser uma meta a ser alcançada.

Mas se muita coisa mudou em 5 séculos há referenciais que não se podem nunca perder.

A Misericórdia existe, porque hoje, como há mais de 5 séculos, é necessário assistir os doentes, dar de comer a quem tem fome, consolar os que sofrem, sofrer com paciência as fraquezas do próximo…

Da Educação na Infância, às Pessoas Idosas, passando pela Saúde, pelo Culto, pela Cultura, pela Ação Social, pela Formação, queremos melhorar continuamente seguindo estratégias sustentáveis e que nos permitam, no século XXI, intervir e prestar Serviço ao próximo da forma mais adequada e não apenas porque sempre se fez assim ou porque algures no passado resultou.

O primeiro fundamento deste nosso Projeto é a PESSOA, nos diferentes papéis que cada um assume na relação com a Misericórdia de Barcelos: como membro da Irmandade, utente, familiar, colaborador, voluntário, parceiro.

Consolidar a vivência em Comunidade de uma forma mais aberta e colaborativa (em parceria) é, precisamente, um dos princípios basilares que sustenta as principais linhas estratégicas da Misericórdia nos próximos tempos.

Como utente ou beneficiário dos nossos serviços, diretamente ou por representação, queremos que sinta esta vivência como sendo também sua. Sendo consciente de direitos mas nunca esquecendo os deveres que advêm de também fazer parte desta Instituição.

O trabalho por um mundo mais justo, mais solidário, com maior equidade e menos desigualdades sociais, exige que cada um de nós, nas suas mais diversas funções, nos seus diferentes trabalhos, nos seus distintos papéis, se capacite que tem uma missão a desempenhar.

Contamos consigo.

Nuno Reis
Provedor
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